Biblioteca Nacional

Rio de Janeiro | RJ | Brasil

Área

8600m²

Ano

2014

Autoria

MAA
Fotografia
Render

Equipe: Carlos Alberto Morganti, Ricardo Milanez, Marina Camisón, Matias Golendziner, Raul Audenino, Viviane Lemos, Ana Paula Schilling, Renata Nicaretta e Olga Dornelles.

As características do terreno de 5.500m² de geometria irregular e aproximadamente 370m de perímetro, reflexo do sistema viário circundante em implantação, apresenta uma distância em linha reta entre seus pontos extremos de 150m e culmina com a presença, no seu eixo principal, do bloco Central (66,00 x 45,00m) que secciona o imóvel.
O futuro conjunto arquitetônico é severamente limitado por linhas curvas e segmentos de retas terminados em ângulos agudos, formatos estes, que implicam em uma maior perda de áreas face à complexidade do programa e montagem dos seus layouts.
A ligação entre os blocos Oeste e Leste só poderá acontecer pelo pavimento térreo do bloco Central ou solução de interligação sugerida no Anexo 03 do Edital.
Por fim, as definições do sistema viário circundante e a urbanização do Porto Maravilha pré-estabelecem os possíveis acessos de público e veículos, encaminhando o rumo a ser adotado para o partido geral do projeto de arquitetura de reforma e reciclagem do Anexo – BN.

PARTIDO GERAL

A partir das condicionantes mencionadas, a equipe identificou os pontos a serem definidos para a concepção inicial do projeto:
– o tratamento a ser dado ao volume de três pavimentos de Armazéns, de uso já definido pelos arquitetos da BN;
– a solução para uma ligação harmônica entre todos os blocos do conjunto;
– o zoneamento das atividades do programa de Necessidades Espaciais para as Áreas Públicas e dos Setores de Trabalho e Serviço, tendo a entrada de carga e descarga pela Rua Rivadávia Correa como um forte condicionante;
Para o bloco Central, o verdadeiro “core” do projeto pela a importância dos documentos que seus Armazéns arquivam e preservam, definimos um tratamento na qual assumimos e reforçamos a sua presença no conjunto arquitetônico através de um revestimento diferenciado, conferindo ao bloco uma força compatível com sua função e importância.
Para as interligações dos diversos setores, projetou-se uma passagem ampla e sem quebras, através dos cantos do bloco Central, mantendo e reforçando a característica volumétrica de caixa deste. A diminuição das áreas reservadas para as estanteiras é justificada pelas conquistas funcional e estética obtidas com a criação desta forte ligação proposta em nosso estudo.

Para o zoneamento das atividades, considerando que as definições do projeto urbanístico do Porto Maravilha já indicam uma orientação, agrupamos:
– as atividades dos Setores de Trabalho e Serviço basicamente no bloco Oeste com exceção da Presidência e Diretoria, Coordenações, Data Center e BN Digital que ficarão no bloco Leste;
– as atividades previstas para as Áreas Públicas ficarão no bloco Leste;
– no térreo do bloco Central, a maior área será para a implantação das Salas de Leitura da Biblioteca Pública e de Periódicos com toda sua infra-estrutura assessória;
– o espaço restante deste pavimento térreo será ocupado ainda pelas atividades remanescentes dos Setores de Trabalho e Serviço;
– e, finalmente, no bloco Norte reconstruído, como conseqüência das ligações propostas, surgem em seus pavimentos os eixos que unem o Oeste e o Leste, uma verdadeira rua interna – circulação funcional por excelência. Nestes foram planejados excelentes espaços de lazer e descanso para os 500 colaboradores, considerando a magia que representará para a cidade a paisagem formada pelo mar, cais e a revitalização urbana do Porto Maravilha.

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