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Equipe: Carlos Alberto Morganti, Ricardo Milanez, Paula Volkmer, Raul Audenino, Viviane Lemos
Acreditamos que o espaço público é base principal de uma cidade, a expressão da sociedade e a força de sua democracia. Em menor escala, até mesmo em pequenas edificações, como a do CAU/Tocantins, ele deve aparecer, convidando as pessoas a participar e usufruir do novo espaço.
Baseado nesta premissa e abrangente análise do Termo de Referência, em especial, a eco eficiência e o custo da obra, surge nossa proposta arquitetônica, cujo partido geral define-se por um amplo espaço, gerado por duas paredes estruturais nas divisas, unidas horizontalmente por lajes, proporcionalmente, leves, criando assim, uma transparência visual da rua ao fundo do lote, evocando um espaço democrático.
Deste “envoltório” nasce a “caixa de vidro” em dois pavimentos, afastada das divisas com jardins e uma passagem para o estacionamento. Esta permeabilidade espacial integra todos os espaços em ambos pavimentos, inclusive o estacionamento, com suas árvores, que poderá em ocasiões especiais ser utilizado como espaço de eventos (exposições, festas, etc.).
Para o inevitável surgimento de novas edificações, sob as regras e normas da Lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade de Palmas, que possibilitam construções nas divisas com ocupação de 100%, nosso estudo contextualiza-se sem sofrer perdas na qualidade da edificação, mantendo o próprio microclima, com plena ventilação natural cruzada, sombreamentos adequados e uma iluminação natural reflexiva pelas paredes laterais, gerada por um perímetro pergolado na laje de cobertura, que promove um jogo de luz e sombra, mutante, que agrega aos espaços funcionais uma ambientação alegre, agradável e com eficiência energética.
Destaca-se ainda, que a grande área de cobertura verde, além de um excelente isolante térmico é um natural captador de água pluvial, parcialmente absorvida pela vegetação e com o excedente armazenado e reutilizado para a irrigação dos jardins propostos. Com o grande avanço da tecnologia de energia fotovoltaica, é possível executar hoje uma instalação elétrica comum e prever a futura instalação dos painéis e central de comando com um investimento menor na primeira fase de construção.
As plantas baixas resultantes desta proposta arquitetônica, apresentam uma solução simples e racional, com fluxos claros, espaços funcionais, organizados, tendo a circulação vertical projetada compatível com a futura ampliação pretendida pelo CAU.
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